Nova Greve Geral contra as reformas deve acontecer em junho

As centrais sindicais decidiram, em reunião na segunda-feira, 29, realizar uma nova Greve Geral, contra as reformas e o governo Temer em data a ser definida. Como referência, foi indicado o período de 26 e 30 do mês que vem. Embora alguns defendam 48 horas de greve, a maioria prefere realizar o movimento somente em um dia. A decisão final deve sair segunda-feira, 5, quando os dirigentes voltarão a se reunir, em São Paulo. Eles prometem um movimento mais amplo que o registrado em 28 de abril.

“Para nós, tudo começa e termina nas reformas, que têm rejeição de 90% da população”, reforçou o diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores – CUT Julio Turra. Além da manutenção do “Fora Temer”, a preocupação é impedir a tramitação das propostas no Congresso, mesmo com uma possível saída do presidente, que poderia ser substituído em uma eleição indireta. “Aos olhos do mercado, Temer perdeu credibilidade”, avalia Turra. Por isso, as centrais, ainda que não de forma unânime, defendem eleições diretas.

A data exata da greve deve acompanhar o calendário das reformas no Congresso. “O consenso é que será maior que a de 28 de abril”, disse o dirigente da CUT.

Além da nova greve, a Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ orienta seus sindicatos a mobilizarem suas bases para outras ações contra as reformas, como as manifestações nas bases eleitorais de deputados e senadores.

 

Com informações da CUT

Foto: Eric Paixão/CUT