Semana decisiva para reversão da reforma trabalhista

maio 31, 2017

Com receio de não conseguir o número de votos necessários para aprovar a Reforma Trabalhista, os senadores da base do governo Michel Temer (PMDB) aceitaram fazer um acordo com a oposição para adiar a votação do PLC 38/2017 (Projeto de Lei da Câmara) na Comissão de Assuntos Econômicos – CAE) do Senado. A leitura do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), favorável ao projeto, ficou para a próxima terça-feira, 6.

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – Diap informa que com a mudança de três votos a classe trabalhadora conseguirá enterrar o desmonte proposto pelo governo Temer.

Em quem mirar 

Na avaliação do analista político e assessor legislativo do Diap, Neuriberg Dias, as centrais devem focar a pressão em parlamentares do PSB, PSD e PMDB, que serão o fiel da balança, a partir dos votos já mapeados entre governo e oposição.

“A reversão é possível, porque se o governo garantisse a aprovação já teria acelerado a votação. Tanto na comissão quanto no plenário, se passar, esses partidos é que vão dar a tendência de rejeição ou aprovação”, avaliou.

Na votação do parecer do relatório, semana passada, o resultado foi de 11 favoráveis e nove contra. Caso ocorra empate, quem decide é o presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), favorável ao texto. Por isso a necessidade de mais três votos.
Com informações da CUT/Foto: CUT